Notícia

28 de Junho, 2021

"A maior doença da vida é a falta de amor", diz Papa

Neste domingo (27), o Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro.

“A maior doença da vida é a falta de amor, é não ser capaz de amar. E a cura mais importante é a dos afetos”. Estas foram as palavras pronunciadas pelo Papa Francisco em sua alocução que precedeu a oração mariana do Angelus neste 13º Domingo do Tempo Comum (27).

Francisco fala sobre como Jesus age mediante as nossas situações mais dramáticas. "Hoje, no Evangelho, Jesus se depara com as nossas duas situações mais dramáticas: morte e doença. Delas, Ele liberta duas pessoas: uma menina, que morre enquanto o pai foi pedir ajuda a Jesus; e uma mulher, que perde sangue há muitos anos. Jesus se deixa tocar pela nossa dor e morte, e realiza dois sinais de cura para nos dizer que nem a dor nem a morte têm a última palavra. Ele nos diz que a morte não é o fim. Ele vence este inimigo, do qual não podemos nos libertar sozinhos”, disse.

O Papa sublinhou para que concentrássemos na doença como centro da história. "Concentremo-nos, no entanto, neste período em que a doença ainda está no centro das crônicas, no outro sinal, a curada mulher. Mais do que sua saúde, eram seus afetos a serem comprometidos: ela tinha perda de sangue e, portanto, de acordo com a mentalidade da época, era considerada impura. Ela era, portanto, marginalizada, não podia ter relações, um marido, uma família e relações sociais normais. Ela vivia sozinha, com o coração ferido", explicou o Pontífice.

Para o Papa Francisco, a história desta mulher sem nome, na qual todos nós podemos nos ver, é exemplar. O texto diz que ela tinha feito muitas curas, "gastando todos os seus bens sem nenhuma vantagem, ao contrário, piorando".

O Pontífice ressaltou que a maior doença da vida é a falta de amor. "A maior doença da vida é o câncer, a tuberculose, a pandemia? Não… é a falta de amor, é não conseguir amar. Esta pobre mulher estava doente pela falta de amor. E a cura mais importante é a dos afetos".

Ainda explicando sobre a maior doença da vida, o Santo Padre lembrou que o amor é gratuito e que muitas vezes nos lançamos em remédios errados para satisfazer a nossa falta de amor. “Também nós, quantas vezes nos lançamos em remédios errados para satisfazer nossa falta de amor? Pensamos que nos fazer felizes seja o sucesso e o dinheiro, mas o amor não se compra, é gratuito. Refugiamo-nos no virtual, mas o amor é concreto. Nós não nos aceitamos como somos e nos escondemos por detrás dos truques da exterioridade, mas o amor não é aparência. Procuramos soluções em magos e gurus, para depois nos encontrarmos sem dinheiro e sem paz”, enfatizou.

“Nos refugiamos no virtual, mas o amor é concreto.”

O Pontífice fez uma observação importante ao dizer que muitas vezes gostamos de ver as coisas ruins das outras pessoas e caímos na “tagarelice”, que é fofocar sobre os outros. “Que horizonte de vida é este?”, indagou o Papa. E reiterou o seu apelo a não julgar a vida do próximo. “Não julgue a realidade pessoal e social dos outros. Não julgue e deixe os outros viverem”, pediu Francisco.

Assim, o Santo Padre convidou a olhar ao redor e ver quantas pessoas vivem ao nosso lado e sentem feridas sozinhas e que precisam ser amadas. “Jesus lhe pede um olhar que não se detém na exterioridade, mas vai ao coração, um olhar que não julga. Deixemos de julgar os outros, Jesus nos pede um olhar acolhedor, porque só o amor cura a vida”, refletiu o Pontífice.

Como de costume, Francisco finalizou sua alocução pedindo para que Nossa Senhora, consoladora dos aflitos, nos ajude a levar uma carícia aos feridos no coração que encontramos em nosso caminho.


Fonte: Amex, com Vatican News


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