A romaria

Romaria tornou-se uma palavra clássica para designar a ida a Roma, em visita ao túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo, lá onde, desde o começo está o centro da Igreja. Esta caminhada ou “peregrinação” para “lugares sagrados”, faz parte da vivência religiosa da humanidade.
Todas as grandes religiões do mundo tiveram seus “lugares santos” assim visitados. O povo de Deus também desde o começo de sua história, teve os seus Santuários, como Betel e muitos outros.
Em si mesma a Romaria tem sentido de “mudança”, de “libertação” da rotina do dia a dia, e traz aquele bem-estar que o romeiro sente ao chegar no Santuário. Não é uma simples fuga aos problemas de sua vida, mas exatamente a condição que faltava para que ele, desobrigado das exigências diárias e os esquemas a que vive submetido no seu lugar, possa encontra-se com a “mensagem da Fé”, que o lugar santo significa. Esta mensagem de fé são aqueles valores de vida nova que ele, quem sabe inconscientemente, procura e não consegue encontrar em seu lugar de origem. Assim, valendo como apelo a uma vida melhor, a romaria deixa de ser um simples passeio para torna-se atitude especifica de renovação e integração mais profunda com a vocação de filho de Deus.
A romaria tem assim de ser feita em espírito de fé e de penitência, desde a saída do lugar de origem até a chegada de volta. E isto se manifesta no apoio aos irmãos na caminhada, na ajuda mútua nos ranchos, na aceitação em espírito penitencial das dificuldades encontradas. Já no Santuário, é a participação festiva nas celebrações, é a oração com seus pedidos e agradecimentos e, sobretudo o contacto com Deus nos Sacramentos. Tudo tem de formar um todo que vai se manifestar melhor depois no seu teor de vida com seus irmãos, no lugar em que reside.