Papa: o amor de Cristo não é seletivo, abraça a todos
Bom Pastor “defende” suas ovelhas
No Regina Coeli deste Domingo do Bom Pastor, 25 de abril, o Papa Francisco se inspirou no Evangelho de João 10, 11-18, proposto pela liturgia do dia, para a sua reflexão durante a alocução que precedeu a oração mariana.
Dirigindo-se aos fiéis reunidos na Praça São Pedro, Francisco começou explicando que a narrativa do Evangelho de João contrapõe o verdadeiro pastor - que é Jesus, que “defende, conhece e ama as ovelhas” - com o mercenário, que não se preocupa com elas, pois não lhes pertencem, e que as abandona ao ver a chegada do lobo. “Jesus nos defende sempre e nos salva em tantas situações difíceis, situações perigosas, mediante a luz de sua palavra e a força de sua presença, que nós experimentamos sempre, e se quisermos escutar, todos os dias”, disse o Papa.
Bom Pastor "conhece" suas ovelhas
O Papa destacou, então, um segundo aspecto do Bom Pastor: além de defender, ele também “conhece suas ovelhas e as ovelhas o conhecem”. “Como é lindo e consolador saber que Jesus nos conhece um a um, que não somos anônimos para Ele, que nosso nome lhe é conhecido! Para ele não somos "massa", "multidão", não. Somos pessoas únicas, cada um com a própria história, nos conhece com a própria história, cada um com o próprio valor, quer enquanto criatura como redimido por Cristo. Cada um de nós pode dizer: Jesus me conhece! É verdade, é assim: Ele nos conhece como ninguém. Somente Ele sabe o que está em nosso coração, as intenções, os sentimentos mais escondidos. Jesus conhece as nossas virtudes e os nossos defeitos e está sempre pronto a cuidar de nós, a curar as feridas dos nossos erros com a abundância da sua misericórdia”.
Amor de Cristo não é seletivo
Segundo o Pontífice, em Jesus se realiza a imagem do pastor do povo de Deus delineada pelos profetas, pois Ele se preocupa com suas ovelhas, reúne-as, enfaixa aquela ferida, cura os enfermos, como lemos no livro do Profeta Ezequiel. Este Bom Pastor, portanto, defende, conhece e, sobretudo, ama suas ovelhas. Por isso, dá a vida por elas.
Para Francisco, o amor pelas suas ovelhas, isto é, por cada um de nós, leva Jesus a morrer na Cruz, porque esta é a vontade do Pai, que ninguém se perca. O amor de Cristo não é seletivo, abraça a todos. Ele mesmo nos recorda isso no Evangelho, quando diz: “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também. Elas ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor”.
Igreja chamada a levar em frente a missão de Cristo
O Santo Padre explicou que estas palavras de Jesus atestam seu desejo universal. “Ele é o pastor de todos. Jesus quer que todos possam receber o amor do Pai e encontrar Deus”.
Francisco ressaltou que a Igreja é chamada a levar em frente a missão de Cristo. “E a Igreja é chamada a levar em frente esta missão de Cristo. Além daqueles que frequentam nossas comunidades, há a maioria, tanta gente, que o fazem apenas em casos particulares ou nunca. Mas, por isso não deixam de ser filhos de Deus. O Pai confia todos a Jesus Bom Pastor e por todos deu a vida”, falou.
Ao concluir, o Papa fez seu apelo à Virgem Maria. “Irmãos e irmãs, Jesus defende, conhece e ama, nós, todos. Que Maria Santíssima nos ajude a acolher e sermos os primeiros a seguir o Bom Pastor, para cooperar com alegria na sua missão”.
Fonte: Amex, com Vatican News